Tenho um coração
saltando boca a fora.
Uma emoção
que saltitante não tem hora.
Uma lucidez
metálica
repleta de um lirismo
denso.
Meu coração arcaico
coagido
é modernidade.
No verso,
uma metáfora cansada
já virando metonímia
desapercebida
pela rotineira pulsação.
Coração que não tem pressa
pra se decompor
enquanto se compõe
qual uma orquestra de instantes.
Estática prisão de sensações
inviolável
de instável que é.
E peito a dentro,
é só o centro
de uma vida que cansa.
Tímido, recolhido,
cumpre tão somente
o seu dever, pulsando,
de me manter em verso
a vida repensando.
Paulo Franco
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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Um comentário:
É uma grande honra estar entre os grandes poetas e ter um poema selecionado por uma grande pessoa. Obrigado, Cida.
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