domingo, 25 de maio de 2008

Nada

seus pés descalços a tocar
O chão frio de pedra
A queimar-me os ossos
Meus olhos doem
Pelo brilho da luz
Luz que emana
Do som profundo
De meus sonhos

Sou mestre em meus
Pesadelos
Sou o que vai à frente
A perseguir o caminho
Por onde outros ainda
Não passaram
E pelo qual
Outros virão
A me seguir

Mas entre uma pista e outra
Encontro rastros
De outros rostos
De outros donos de
Seus próprios pesadelos
E em meio ao caos terrível
Derramo meu coração
Diante do nada

Nada pode me deter
Nada é tão difícil
Que não possa ser
Vencido
Nada é tão doloroso
Nada pode ser tão fácil
Para que possa ser desprezado
A ponto de não ser
Feito

Alfredo Rebello
http://cantonoturno.blogspot.

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