domingo, 18 de maio de 2008

Éramos Sete

Quatro Marias, Ademar, Sebastião e Manoel,
amizade fraterna, felicidade juvenil.
Peripécias, manhas, cabriolas,sol nascente,
poente, aconchego, noite sutil.
No calor confortável do colo maternal,
derrubaram-nos, de repente, o ninho.
Sem rumo, corações abertos e boa índole,
de galho em galho, vida passarinho.
Restava-nos, ainda, a segurança paterna,
porto seguro, coragem insuperável!
Braço forte, abraço amigo, dignidade,
Lida difícil, aqui e ali, laço inseparável.
Olhares distantes, em vislumbre de futuro...
Arremessou-nos a vida ao fiel destino.
Novas paragens, buscas incessantes,
às vezes sucesso, por vezes, desatinos.
Era o quarto degrau da escadinha, dócil!
Quebrantou-se... Era chegada a sua vez.
À sombra da palmeira, fizeram-lhe morada,
e nós seis, poucos, choramos a escassez.

Maria do Rosário Teixeira PaixãoNovembro/2007.

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